domingo, 8 de fevereiro de 2015

Poema’s Bar - Segunda Edição



Axé Tupã & Come Sei Agora
Apresentam:

Poema’s Bar
Segunda Edição

1 – “Somente a Paz.”
Autoria e declamação: Luiz Bombom
2 - “Silêncio” 
Autoria: Jessica Mayara
Declamação: Raphael Monteiro
3 - “E Se…”
Autoria e declamação: Jhon Jhonata
4 – “Que Tudo Passe.”
Autoria e declamação: Dimas de Fonte

Luz e câmera: Diego Marinho, Dimas de Fonte e Jhon Jhonata.
Som, acordes e cenografia: Diego Marinho
Direção e produção: Wanderson Silva de Souza

Apoio: Grupo Teatral Come Sei Agora
Realização: Axé Tupã Trupe Experimentalista e Revolucionária de Multiarte e Multitude

Contatos com o “Come Sei Agora” pelo grupo no facebook de mesmo nome
Leia “O Fazedor de Chuva” de Dimas de Fonte, contatos pela página do livro no facebook

Assista os quatro clipes de Diego Marinho no youtube:
1 - Como Uma flor; 
2 - Meu Mundo; 
3 - Jardim Secreto; 
4 – Tao

Contatos com a trupe Axé Tupã pelo canal, página e blog de mesmo nome.

Observatório das Artes Vê o Projeto Cárcere (Por Camila Camomila)

Trabalho de Escultura IV da reta final da minha graduação no Curso de Artes Visuais da UFRJ.

O trabalho consiste na clausura do sujeito na sociedade urbana contemporânea, e seus mecanismos de fuga sobre fobias. O estudo se aprofunda tanto no cárcere mental quanto físico.

Instalação no hall de entrada do prédio da reitoria da UFRJ.












Jardim Secreto - A Mística da Música



"Jardim Secreto" é uma canção e um encantamento do músico e compositor Diego Marinho (Babu Ohniram) com clima diáfano e atmosfera lírica e nos remete ao lúdico e ao mundo mágico de nossas próprias paisagens internas. É um convite ao estado de meditação e de serenidade. Uma ode à natureza. 
Nós, da equipe do clipe, esperamos que essa produção levem todos vocês ao encontro da reflexão, auto conhecimento e paz de espírito. 

Créditos: 

Diego Marinho: Composição/ Execução/Coprodução

Camila Camomila: Fada Camomila/Figurino/Coprodução

Tathyana (Thy) Castanheira: Logística/Câmera/Maquiagem/Coprodução

Wanderson Silva de Souza: Câmera/Edição/Produção/Direção

Agradecimentos: A Família de Camila e a Richard Leckie pelo apoio moral e material.

Essa é uma produção coletiva de Produtores Coletivos e Axé Tupã Trupe.  

Como Você Faz Arte? Com a Arte da Artista Camila Camomila.



Arte em pincel, biscuit e outros.
A palavra Dharma tem origem indiana. Dharma significa “o caminho para a verdade Superior” ou também “tarefa espiritual” pela lei natural apropriada: (sanatana dharma). Todo espirito almeja liberdade espiritual, e nada melhor que o Dharma para isto. Eu ainda estou muito longe de conseguir a liberdade que tanto quero, mas nada melhor para mim do que usar o dharma como trabalho, para isto.

Espero poder com este meio ajudar meu espirito e ver pessoas felizes com o trabalho feito para elas.
Página do face: https://www.facebook.com/pages/Atelier-Dharma/454837321277519?sk=info&tab=page_info

Sossego

Este poema  está publicado no seu segundo livro de poemas chamado “Painel”  (2011). O livro pode ser adquirido no site da editora Multifoco. Eis o link: 
E ele também foi divulgado no site da autora de nome “Malabarismos Poéticos”:http://www.malabarismospoeticos.blogspot.com.br/.
Monólogos de tigres ociosos
na penumbra, a noite cala a veia
Trigos adormecidos na vértebra da caverna
os escuros pontos da morte não se escondem
O chão se abre para a passagem dos renascidos
O vento atira palavras de cimento e cal
Tristes mares invadem o espelho da memória
para conter os risos inconsoláveis dos palhaços
A escuridão se apaga após a voz de um sonâmbulo profundo
Não há atalhos que neblinem a floresta de morcegos
A tempestade devasta as estações da derrota
O sossego se encarrega de florescer a natureza.
Alexandra Vieira de Almeida   é carioca, agente de leitura, crítica literária, poetisa, contista, cronista, ensaísta, 38 anos.
Publicou seus dois primeiros livros de poemas pela editora Multifoco em 2011: “40 poemas” e “Painel”. 

O Fazedor de Chuva Teaser




"… Ele usava uma capa comprida e escura, um chapéu e tinha as mãos nos bolsos. Era ele, eu sei que era ele… O FAZEDOR DE CHUVA!"
Axé Tupã Trupe apresenta: O Fazedor de Chuva - Teaser do romance homônimo de Dimas de Fonte.
Apresentador: Diego Marinho
Reporter - Ani Rios
Wundavar - Raphael Monteiro
Vitima Homem - Luiz Bombom
Vitima Mulher - Rafa Batista
Edição - Dimas de Fonte e Wanderson Silva de Souza
Produção - Axé Tupã Trupe
LEIA “O Fazedor de Chuva”
Um livro para todas as idades.
Página do face:

Como você faz Arte com o Artista Luiz Bombom


Como Você Faz Arte?

Realização: Axé Tupã Trupe
Com a Arte do Artista Luiz Bombom.
Câmera: Wanderson Silva de Souza.
Roteiro-Produção-Direção: Gato Neguinho

As Mulatas do Bombom

Show com as mulatas de Luiz Bombom que também é ator e artista plastico.
Aos interessados é só ligar para o número 968319482.
O Bombom além de diretor do grupo de teatro Come Sei Agora (em comentários vou por o link) ele também é manipulador de bonecos e membro do Axé Tupã - Trupe Experimentalista e Revolucionária de Multiarte e Multitude
É SO LIGAR PARA 968319482 SHOW COM AS MULATAS DO BOMBOM OU SHOW COM ZÉ E MARIA .









O Colarinho com Come Sei Agora & Axé Tupã Versão Resumida

Adaptação para o teatro do conto homônimo de Hans Christian Andersen 

Atores/manipuladores: 
Flaviane Damasceno
Elisangela Martins
Jhon Jhonata
Tiago Pherdepp

Adaptação: 
Luíz Carlos Buruca 

Assistente de produção: 
Angélica Rodrigues 

Cenário: 
Edward Monteiro

Cinegrafia e edição: 
Wanderson Silva de Souza

Produção, apresentação e direção: 
Luiz Bombom

Realização: Grupo Come Sei Agora
Facebook: COMPANHIA DE TEATRO COME SEI AGORA (CTCA)

Apoio: Axé Tupã Trupe

TAO - O CAMINHO de Babu, Rodrigão e Wanderson


Axé Tupã: Um Ano de (re)Criação

Gratidão profunda para as crianças: Duas meninas que brotaram do nada e quiserem pintar na grama do parque e para os quatros irmãos, todos meninos, o mais velho de sete e o mais novo de três anos, que desenharam domingo e o Casal Maravilha no Depósito do Tio Carlinhos de Casa. 

Gratidão PROFUNDA ao Fotografo Oficial do evento e fiel escudeiro Dimas de Fonte que descorreu sobre História da escravidão do negro no Brasil e sobre cristais e Feng Chui,Camila Camomila que tirou uma foto e fez um lindo desenho com giz de cera na grama do parque e relfetiu e deu ideias maneiras no hapy hour no botequinhoWagner José e seu Bando que levou em seu violão duas músicas de seu repertório a, Luiz Bombom, que além de diretor também é artista plastico e deus suas pinceladas e um ator do grupo de Teatro dele, o Jonh(que eu conheci hoje), ao (TChaTchaRaphael Monteiro 
e ao Casal Maravilha Warle Silva Francisco o & Jaqueline Machado que ainda fez uma alfabetização relâmpago dos quatro meninos no bar/depósito.


Foi, como sempre, muito alegre e agregador.
Axé Tupã para TODOS nós!!! .









MEU MUNDO


Antiverso Cósmico de Wandervir Risadinha

Desenhos, pinturas, fotografias e personagens do ator, artista plastico, fotografo e escritor O Possível Wanderson

Wanderson Silva de Souza by Wanderson Silva de Souza.

O “W” tem som de “U” pois é uma palavra do idioma inglês onde o “W” tem essa sonoridade. No germânico é que o “W” tem som de “V”
"Wander" significa "peregrino", "caminhante", "viajante", "conquistador".
E “Som” significa “filho”.
Filho do Peregrino = Wanderson.

Fazendo juz ao meu nome estou sempre em uma jornada pelos meandros da Arte, da Política, da Ciência, da Tecnologia, da Natureza, da Espiritualidade e de tantos outros universos desse meu Antiverso… 
Por isso é que ganhei a alcunha de “Wandevir” - Devir é “vir-a-ser”. 
Meu amor, eu não sou. Eu vou sendo.









COMO UMA FLOR


A Arte Marrom de Bombom

Contatos com o artista plástico que também é ator e diretor de teatro e manipulador de bonecos por meio do grupo de teatro dele no face:
COMPANHIA DE TEATRO COME SEI AGORA (CTCA)
Ou pelo perfil dele: Luiz Bombom






O Jogo do Não É - Poema's Bar


Vozes do Silêncio

Talvez ainda me sobre a meninice de outrora, a juventude conjugada, a miúdes de sorriso pequeno, a célebre e incontestável vontade de vitória. Talvez ainda, seja quem fora, o que deixara, o que passara, talvez, ou não. O certo é que a vida gira e gira tanto, sem enfoque, sem reluz, sem brilho ou catecismo. Talvez seja o herói transfigurado, o silêncio emudecido, a vontade de não mais ser, o coloquial e cotidiano sobrepujar de medos, a alameda de segredos e vanglórias perdidas.
Hoje, sou o que sou e não posso mudar, o hoje ou o ontem. Ontem eu fora prosa, verso e amabilidade, hoje, sombras e rugas no rosto. Talvez eu esqueça que com o tempo tudo há de se esquecer, talvez o tempo me esqueça e eu faça dele esquecimento. Amanhã, talvez, quiçá não.
Na verdade, bem verdade, o resto é resto, o tempo vem e vai, sem qualquer viés de razão, sem solicitação ou cartão de visita. Pois bem, que me valha o que se fora e faça de mim o que não fora, talvez. São vozes do silêncio que se pronunciam em demasia e gritam em minha alma, inundando de paixão enfurecida e já tardia, talvez.
Ora, o que fazer com o resto que sobra, com a dor que desdobra, com a poesia em grande estilo, com a reforma dos sonhos, e sem nenhuma chuva ou maresia, calado me ponho. E fora tempo de alegria, jovialidade e descobertas, que hoje se valem em outono nublado e verões tão corriqueiros e forjados. A música vem e logo se vai, fica o gosto de perdão algum, a inquietude de pensamentos tolos e a forja de vitória perante o julgo da cobrança. Talvez eu nunca soubera ser bem alguém, talvez o fosse e jamais deixara de ser, talvez ainda esquecera do bom sentido de não ser, e assim crescendo se vai, para alguma direção, algum lugar, algum caminho, sem que o bom gosto de vinho fique salientado.
Bem, não sei, realmente não sei o que dizer de forma justa e ponderada, talvez ponderar não seja a minha melhor arma, e desarmado fiquei, sem escudo ou proteção, em guerras sem perdão, perante exército nebuloso que desloca-se no profundo do corpo. Ah, quanto há de se fazer por valer a valentia de tentar, a amargura que acumula-se sob a pele reta, e a retina dos olhos que brilha ao chorar, isso eu sei, e como sei.
São as vozes do meu silêncio mórbido e ultrajado, que em agonia se satisfaz dos meus restos resplandecentes e pernósticos. É a folha da vida que tremula em bandeira escorregadia. É o verão que se chega de novo, mais uma vez, pela última vez, tão corriqueiro como antes fora em vida.
Era de saber o resultado, de se esperar o inesperado, de prever em fantasia, como fantoche já ajustado, como rebelde despreparado para um futuro íngreme e venoso. Então como marionete, justifico tristeza afins, faço comunhão ao calor d’alma que morre inequivocamente, e deixo-me em paz que vai em sobra, outrora jamais.
São as vozes de um silêncio cordial, caudaloso e infectado por ser o que se é, querendo ou não. Perante vida que extingue, deito-me em pé, na maior e mais branda injúria que pudera haver, seja lá ou seja cá. Enfim, morro sem saber, porque nada ou ninguém pode salvar-me de garras invisíveis e incalculáveis que sobrepujam roupas minhas, de leveza e penúria, fantasia vestida e comportada em máscara e dias.
Talvez seja hora de calar, e deixar do que tenho, talvez seja como a pronúncia de testamento, sangrento e lento, talvez seja… Por ora justifico-me sem qualquer intenção de perdão, sem que haja leveza em mãos e que faça a unção bendita de pecados e mais pecados, do doloroso ato, e na mais épica traição, torno-me sinônimo do não.
Talvez silêncio maior seja morrer em vida e que neste e único momento, renasça sem demência o que outrora abdiquei em vida. No mais, são vozes do silêncio, cartazes efêmeros.
Autor: Romulo Danelli

Lembra-te - Poema's Bar


Assistencialismo por Aetatis Kyon Bozó Paçókos

Essa é apenas mais uma história disfarçada de estória que envolve sexo, aventura e ensinamentos morais do tipo Minutos de Sabedoria. Escrevo sobre o perfil de um homem existente, o genial e Bon Vivant Davi, cujo perfil não aparece em minha lista de contatos no FACEBOOK, ORKUT, GOOGLE+ e afins, mas a exemplo destes sites de relacionamentos é todo cheio de rolagem e trollagem.
Davi é um homem que consegue ter o coração bom, pois desperta risos e gargalhadas em qualquer pessoa, muitíssimo mais ainda potencializados nas mulheres, se bem que ultimamente ele tem saído apenas com uma, pois a exemplo de todo homem sábio sabe bem a hora de diminuir o ritmo de suas aventuranças da paixão e do amor, ainda que esse último sentimento desacelerado seja mais próprio do que altruísta ou altero para não aparecer como homem morto nas páginas policiais destes jornais sensacionalistas, mas tudo bem. O que vale para o Lord of Passion é amar a si mesmo e espalhar a semente da felicidade no mulherio.
Todo caso vamos à estória com H (maiúscula mesmo). Era um domingo chuvoso com tarde fria e raros momentos de ventos frios, uivantes e cortantes. De repente ela (a mulher que consegue ao menos fazer Davi parecer um homem quase exclusivo ao tratar-se de relações) o telefona dizendo estar muito próxima do local combinado. Tudo bem, beleza! Disse ele que aproveita a promoção em que com alguns centavos de ligação móvel pode-se falar à vontade, ainda que o telefonema tenha partido dela muito mais preocupada em segurá-lo para evitar não encontrá-lo por lá, pois, caso ocorresse um minuto de atraso, esse “nobre homem” que não tolera atrasos (ainda que permita às vezes se atrasar), e quando passa da hora simplesmente deixa o local com aquela sapiência de árbitro de futebol ao olhar o relógio ansioso pelo fim dos descontos, que o mesmo personagem referido permite apenas serem de cinquenta e nove segundos de atraso.
Ela chegou ao local de taxi, e Davi logo percebe risos do taxista que a conduziu, pois palavras voam ao vento, e as falas da musa encantadora com linda pele branca, olhos azuis esverdeados, cabelos loiros e corpo de mulata nunca tinham como não serem ouvidas pelo motorista de taxi, pois esse nobre homem é capaz de fazer muitos rirem, ainda quando não ouvido, salvo por viva-voz (no caso de telefonemas).
Gentil, Davi estendeu sua mão para que a dama de Costa do Marfim saísse do carro, e o taxista ao ver a cena fez expressão dizendo algo do tipo: esse cara é bom. O taxi foi retirado dali em disparada, talvez pela excitação de seu condutor misturada com forte sensação de que cada segundo ali é uma “vela que se queima”, conforme expressão popular. Beijos e abraços excitantes em plena calçada. O casal ignorava tudo: vento, frio e chuvisco.
Nem Hollywood ou Bollywood exibe beijo daquele porte tanto pela plasticidade da suposta imagem quanto pela forte excitação encoberta por aquele roçar discreto.
O diálogo do par começou simples, sem boa tarde, pois isso fora expresso em algo no mínimo similar à cena de cinema. Caros leitores (as); ela pode ser chamada por Marfinesa, nome dado pelo Davi ao referir-se à sua origem francesa e africana, fazendo trocadilho com as cores do mar (expressos nos olhos dela) com a finesse apresentada pela mesma, pois nosso amigo Bon Vivant, para a felicidade do público feminino, sabe usar muito bem de sua lábia para elogiar qualquer mulher. Dotada destas qualidades poéticas ela pergunta: - Agora vamos para onde?
Nosso grande ídolo, pois temos muito a aprender com ele, a respondeu sem pudor: - Vamos para o motel.
Bastou! Ela começou a rir e disse logo após as gargalhadas: - Você não me disse que está na sarjeta, sem dinheiro? Sem problemas; você paga. Respondeu ele com sorriso largo, metido à besta e ciente de sua canastrice típica, porém atípica em outros.
Com total elegância, ainda que desta vez com gestos populescos, a Marfinesa começou a rir quase chorando, batendo-o no braço chamando-o de cínico, sem-vergonha e afins. Nosso herói simplesmente disse: - Tudo bem. Então vamos ao shopping. Até que ela pergunta: - Cadê o teu carro? Ele respondeu que estava logo ali na esquina, mas iria caminhando com ela até lá porque os estacionamentos dos shoppings centers são mais caros para os serviços de algumas horas do que os dos motéis, que têm o serviço de estacionamento embutido. De novo risadas e tapas em seus músculos braçais. Mas Davi é assim, joga maduro para colher verde para não dizer também o contrário. Marfinesa aproveitou o ensejo para ir a uma daquelas lojas que vendem produtos naturais, viu um óleo massageador afrodisíaco e disse para aquele homem que tanto a faz rir, ainda que por vezes sinta raiva do tal sujeitinho: - É para a gente usar no motel. Animado ele disse: - Oba! No entanto ela o retrucou dizendo: - Não vai ser hoje. Será usado quando você tiver dinheiro para pagar as despesas, pois é inadmissível uma mulher pagar a conta para isso. Ah! Tem mais. Trate de guardar isso e, por favor, não o use com outras. Entendeu?!
Nosso grande mestre ficou calado, pois como todo bom Iluminista sabe a hora certa de falar sob a Égide da Razão. Foram lanchar, pois ao menos o hambúrguer de frango com mate estava garantido. Como é bom estar sem dinheiro! Pensava o Lord of Passion com seu ar de vida desapegado, descompromissado e neste momento aparentemente tímido porque Marfinesa o colocou contra a parede, mas nosso Mestre, sagaz, interrompeu a tensão ao falar alto: - ALI UMA MESA! A puxou pela mão e saíram feito crianças a brincar de pique até lá chegarem e ocuparem o lugar.
Dissimulado, logo mudou o assunto. Nosso Herói estava faminto, pois dias frios lhe abrem a apetite, tanto que ao morder o sanduíche, pedaço de pão, sabe-se lá como, voou na direção dela, que antes, energizada deixara o teu folheado cair. Sorte que caiu no próprio colo, sobre o vestido preto com pequenas bolinhas brancas. Risos e gargalhadas faziam parte do repertório casual de diálogos. Saíram do shopping. Foram até o carro estacionado na rua que fica a pequenos quatro quarteirões dali. Papo vai, papo vem e nosso Bon Vivant ainda que sem um puto no bolso, porém com muitos putos n´alma, convenceu tua musa afro europeia a ir para o motel. Sem graça ela pediu-lhe o favor de receber o dinheiro trocado para o período de tiro curto (R$70,00 por míseras quatro horas).
Aí o carro valeu à pena e lá foram eles no melhor estilo top gear para o paraíso daquele dia de inverno. Carro com o garagista, e na hora o casal soube que o preço fora abaixado para R$50,00 por causa de inesperada promoção, foram para a suíte e para o prazer de Davi a Fina Flor (outro modo como ele a chama) mostrava familiaridade com o lugar que cheira a amor por todos os cantos, onde aprendeu a frequentar com nosso Mestre. Namoraram muito, ela o atiçou, passaram o óleo afrodisíaco naquela nudez nada castigada. Por pagar as despesas Marfinesa, com o gozo sádico da meritocracia, dava as ordens, comandos, ficava por cima, mas para deixar nosso Mestre louco não cedia de tudo. Sabem como é, caros leitores (as), mulher quando fecha é não foda. Mas Davi, apesar do nome hebraico e de sua alma latina, possui paciência oriental. Aproveitava o momento para atiçar a fera, que nesse momento dialético entre línguas beijoqueiras, lambidas e mordidas lutava para vencer “em seus argumentos”, por mais que a doçura de Costa do Marfim, de origem francesa relutasse e o atiçasse ao motivá-lo ainda mais, propositadamente, ao fazê-lo colocar o preservativo.
O tempo passou e três quartos do período pareciam perdidos. Ela o amava, o odiava, e sisuda deixava os ares da paixão transparecer boquiaberta. Meia-luz, frio, calor, silêncio, sons. Tudo ali se misturava. Ele a pegou no colo, a esfregou contra a parede e com o seu falo bem encostado na parte erógena mais fechada do que quem fecha o corpo para capeta. Passou-se alguns segundos até que um som fluído veio do quarto ao lado. Era um AI AI AI! AI AI AI! AI AI AI! bem alto com barulhos de tapas. Nosso Mestre, ciente que o tempo passava, em seu humor característico, disse: - Se você quer assim, a gente faz a arte cênica e o casal da suíte ao lado faz a sonoplastia. Tiro e queda! Ela gargalhou, riu alto, relaxou até que ele entrou com tudo. Viram só como é bom saber falar a coisa certa sob a Égide da Razão Iluminista no momento exato? Perceberam a importância da paciência oriental?
Davi sabia do mérito que a Fina Flor Marfinesa teve ao pagar a conta, e por isso merecia ser agraciada com o que há de melhor, ainda que restasse apenas meia hora para o evento terminar. Ele é assim mesmo: convencido por ser convincente. Consciente de seu valor moral fez dela objeto para suas loucuras, pois o Bon Vivant sem um puto no bolso, mas muitos putos n´alma sabe viver a vida como poucos.
Tempo passou. Ela, arrependida, ficou com aquela sensação de quero mais. Logo o casal desceu e Davi “pagou a conta”. Tirou a nota com ares de Senhor Feudal ou Coronel Nordestino. Pegou o carro e deixou sua musa encantadora no ponto de taxi, pois não gosta de correr riscos pela noite, pois ao deixá-la, inevitavelmente, iria buzinar para o primeiro rabo de saia que visse pela frente, e nosso Mestre precisa conter despesas, pois nem sempre encontra assistencialismo assim, onde teve por um dia algo similar a uma casa, comida e só faltando a roupa lavada, ainda mais vindo de um mulherão internacional com padrão FIFA, COI, ONU e tudo o que tem direito.
Davi sabe que só o amor constrói, ainda que seja o próprio, sem negar a importância da semente da paixão que cultiva. Marfinesa é feliz, pois ele a trás emoções fortes e aquela sensação agradável de quem gosta de quem nada vale. Ah! Se todos fossem assim como o Lord of Passion, não iria ter guerras no mundo, pois seu senso moral e ético diz que quem tem fogo, não precisa de petróleo, recolher impostos, fazer guerra ou disputas pelo poder. All We Need is Love é o seu lema. 

Texto escrito por Aetatis Kyon Bozó Paçókos (Maiores comentários, falar com o próprio autor desse conto no perfil dele no face).

Caminhos de Kyvia Rodrigues: Poemas-Causos-Processos Criativos


Copa Brasil 2014

Pai, mãe, irmã, tio , tia
vô, vó
A arvore genealógica
Sem copa, ou com
Sem copa, ou com
sua copa despedaçada
embora lá intacta

Texto de Ani Rios.

Minhas Mãos-Poema's Bar


Wagner José e Seu Bando Convida Edição de Julho de 2014

Wagner José e Seu Bando Convida Edição de Julho de 2014
Viajantes do Blues e do Rock in Roll na estrada há 12 anos com suas músicas autorais abrem espaço para a música alternativa e para o improvável, o improviso e o inusitado todos os meses na Praça da Ladeira da Freguesia, na rua Geremário Dantas, sempre em algum sábado do mês e das 18 às 22 horas. Essa é a décima terceira edição emplacando o segundo ano de evento regular com muita música, boas energias e todas as expressões possíveis e impossíveis da cultura desde artes visuais passando pela culinária alternativa até o circo e agregando as mais diversas parcerias com coletivos de Jacarepaguá e de outras áreas da cidades.

O Axé Tupã Trupe é um dos parceiros do Wagner José & Seu Bando Convida e registrou a edição de julho de 2014.

Para ficar por dentro da programação do evento e da banda que da nome ao mesmo, curtam e informem-se nessa página: https://www.facebook.com/WJESB?fref=ts
Apareçam e sejam muito bem vindos!!!