domingo, 8 de fevereiro de 2015

Mãos

As mãos cansadas e habilidosas
Digitam textos, apontam lápis.
Seguram rodo, as mãos da mãe e um batom.

As unhas descascadas, depois de um dia submersas na lama,
Estão nos dedos que agora secam lágrimas brotadas
Pela incompreensão de uma vida singular e normal.

Os anéis, mais do que qualquer parte do corpo,
Contam histórias e escolhas.
Conhecem segredos, ajudam na oração.

Minhas mãos humanas
Minhas mãos sujas
Minhas mãos.
(Dinair Fonte)

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